ABSTRACT
O objetivo deste trabalho é observar se as alteraçöes dos parâmetros de ventilaçäo, basicamente volume corrente, contribuem para a modificaçäo do surfactante pulmonar em situaçöes de restriçäo alimentar. Para tanto, foram utilizados ratos adultos Wistar, submetidos a quantidades diferentes da mesma dieta alimentar e a dois padröes de ventilaçäo mecânic, de forma que se trabalhou com quatro grupos experimentais: grupo NN (n=26) - ratos recebendo dieta total e submetidos a ventilaçäo mecânica convencional, intercalada por duas fases de hiperdistensäo alveolar, em que o volume foi duplicado e a frequência respiratória reduzida à metade; grupo RN (n=24) - ratos em restriçäo alimentar, durante sete dias, e submetidos a ventilaçäo mecânica convencional; grupo RH (n=21) - ratos em restriçäo alimentar e submetidos a ventilaçäo mecânica com hiperdistensäo alveolar. Procurou-se detectar alteraçöes na quantidade e qualidade do surfactante pulmonar, observando-se as trocas gasosas pulmonares, a curva pressäo-volume com insuflaçäo de ar e líquido, a quantidade de fosfolipídios totais recuperados na lavagem pulmonar e o estudo anatomapatológico dos pulmöes. Como näo foi evidenciada nenhuma alteraçäo significante ao se compararem os quatro grupos de animais em relaçäo aos diversos parâmetros coletados e analisados, concluiu-se que a hiperdistensäo alveolar pelo período de tempo instituído e a restriçäo alimentar nos moldes estabelecidos näo levaram a alteraçäo, nem na quantidade nem na qualidade, do surfactante pulmonar